quarta-feira, 25 de agosto de 2010

LEILÃO DE AGOSTO DE 2010 - EDGAR OEHLMEYER

óleo sobre eucatex, vaso de flores, 1958 - med. 72x59cm

Oehlmeyer nasceu em Rio Claro, São Paulo, em 1909 e faleceu, em 1967. Considerado por muitos, como um dos vinte maiores artistas plásticos brasileiros de todos os tempos. Foi aluno dos mestres Carlos Hadler, Amadeo Scavone e Antônio Rocco.
Desenvolveu com rara mestria e igual qualidade pictórica, os mais diversos temas da pintura nas diferentes técnicas, tamanhos e materiais.
Oehlmeyer possuía uma forte personalidade, reveladora de um obstinado perfeccionismo. Alheio às modernas tendências, só se interessava pelos grandes mestres do passado. Esboçava e pintava, até atingir os tons desejados que melhor imprimissem um determinado sentimento. A prova disso foi a obra “Cabeça de Velha”, pintura sobre velaturas que, apesar da grande inveja que causou nos salões, conquistou-lhe a Grande Medalha de Prata.
O carvão, o pastel e a aguada de nanquim, revelam em traços sumários até o estado de espírito, de rostos não identificados, e figuras de homens e mulheres. Um risco, uma ruga – um sentimento! Um olhar distante – um pensamento profundo, uma nostalgia discreta!...
Segundo a opinião de conceituados críticos, figura e paisagem, são os temas mais difíceis neste estilo de pintura. Alguns afirmam que é a figura, outros, a paisagem. Oehlmeyer, também na paisagem, mostra sua genialidade, valendo-se de um enquadramento diferente do habitual. Muito raramente, retrata casarios, ruas ou outros motivos, pela perspectiva frontal. Ao contrário, parte de um ângulo lateral ou secundário, para o todo da paisagem, reforçando a perspectiva mais evidente, propositadamente esquecida, com um claro-escuro deslumbrante. O modo como compunha as flores na tela, permite uma visualização tridimensional, causando a impressão de serem reais, como que saindo do quadro e indo ao encontro de quem as observa. O tema flores, projeta Oehlmeyer para a imortalidade. Muitos, afirmam que nenhum outro conseguiu superá-lo.
Oehlmeyer tinha consciência do valor de seu trabalho, admitindo-o com toda a modéstia. E, por isso, quando vendia suas obras sentia-se “mutilado”; era um pedaço de si próprio que se desprendia!
Austero, consigo mesmo e indulgente com os outros, exigia o máximo de si mesmo, queimando com soda cáustica as obras que não considerava boas, mas vendo até na pintura fraca de alguns colegas seus pontos positivos.
A arte refletia o homem que a criara, melancólica e cheia de contrastes, plasmada em um claro-escuro que lembrava Rembrandt. Além deste último, admirava, também, José Malhôa, (pintor português, 1855-1933), e na música, Mozart e Beethoven. Tinha como companheiros de arte e melhores amigos, Aliberto Baroni e Manlio Moretto, com os quais viajou pelo Brasil.


A imagem no topo da postagem é uma reprodução do quadro que estará no grande leilão do dia 31 de Agosto e já está disponivel para lances no site da agência.


CONTATO

E-mail: atendimento@agenciadeleiloes.com.br
Fone: 51-30615017
Site: Agência de leilões.

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